segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Silêncio de pedra e gritinhos de empolgação

Queridos e queridas,

primeiro queremos nos desculpar pelo nosso silêncio de pedra aqui no blog. Mas foi pela boa causa da loucura: loucura de ensaios, de falta de tempo e de muita empolgação com a estréia que está cada vez mais próxima! Com grande alegria, informamos que dia 1 de dezembro estreamos! Logo logo o blog estará entulhado com todas as informações a respeito.
Esses tempos de silêncio foram tempos de muito trabalho. Tivemos novas vindas dos nossos três diretores da Cia. Luna Lunera: primeiro Odilon Esteves, depois Cláudio Dias e por fim José Walter Albinati.
Foram períodos muito intensos, pois como eles não podem passar muito tempo aqui, nós temos que aproveitá-los ao máximo, no tempo que temos.
O que tínhamos até a vinda do Odilon? Um primeiro rascunho de roteiro para o espetáculo, um roteiro assim sem muito pé e muito menos cabeça, um roteiro cheio de imagens, mas poucas conexões, pouco fluido dramaturgicamente falando. Odilon nos presenteou com o simples e o óbvio. Nos deu uma nova perspectiva. Nós estávamos em um terreno muito abstrato, cheio de figuras abstratas com as quais já estávamos bastante familiarizados, e então ele fez a simples proposição de tentarmos figuras realistas, cotidianas.
O resultado foi impressionante. Por incrível que pareça, nós já havíamos tentado tudo, improvisado um milhão de coisas, mas nunca tínhamos tentado figuras realistas. Estas figuras nos trouxeram para outro nível, um nível de humanidade, de empatia. Alguma eram figuras de dentro da poesia de Manoel de Barros, outras eram figuras de fora, mas que encontraram seus reflexos na poesia manoelesca.
Assim, abraçamos estas figuras - agora elas são partes essenciais do espetáculo.
Outra contribuição imensurável do Odilon foi que ele nos mostrou que a nossa morada era nosso lugar de estréia. Estávamos com sérios problemas de produção pois não encontrávamos lugar para estrear. Odilon simplesmente olhou ao redor, olhou de azul, e nos fez ver que nossa morada, a Casa das Artes de Ponta Negra, onde ensaiamos todos os dias, é o lugar mais lindo e mais manoelesco que podíamos querer para a estréia. Assim o será!
Então veio o Cláudio e com ele começamos a escrever um novo roteiro, já acrescentado com as figuras realistas exploradas com o Odilon.
A última vinda foi a do Zé Walter, que nos ajudou a desenvolver o roteiro. Com o Zé aqui, fizemos também nosso segundo ensaio aberto, já na nossa morada. O ensaio aberto foi riquíssimo. É impressionante como as leituras do público são leituras ricas, cheias de preciosidades e que amiúde nos surpreendem, nos dão de volta coisas que nem imaginávamos.
Agora, com o roteiro finalmente finalizado, estamos dados aos ensaios e às finalizações da produção.
Em breve contamos mais. Em breve vocês poderão ver mais.



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